LUCIANA OHIRA E SÉRGIO BONILHA - 2007


REGISTRO DA OBRA 000GHM2007

Título: Transposição e adensamento
Material: Madeira, papel, metal, plástico, grafite.
Descrição técnica: Instalação formada pela projeção de imagens a partir de um projetor de diapositivos e caixa de madeira contendo todo o material relacionado com a produção da obra.
Medidas da obra: Dimensões variáveis                      Medidas do suporte:34 x 16 x 18 cm
Categoria: Instalação

Exposição individual (instalação) realizada no período de 03/10 a 11/11/2007 na Galeria Homero Massena.

Sobre os artistas

Luciana Ohira - Luciana Ohira Kawassaki (São Paulo, 14/06/1983)
Possui graduação em Artes Plásticas com Bacharelado em Multímidia e Intermídia pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (2006). Mestre em Poéticas Visuais pela mesma instituição (2008). Desde 2005 tem atuado no circuito artístico em parceria com o artista Sergio Bonilha, apresentando principalmente instalações, objetos e vídeos em diversas instituições brasileiras e estrangeiras.

Para saber mais

Sérgio Bonilha - Sérgio de Moraes Bonilha Filho (São Paulo, 08/06/1976)
Graduação em Odontologia (1998) e Artes Plásticas (2007) pela Universidade de São Paulo (USP). Mestrado em Artes (2010), também pela USP. Atualmente cursa Doutorado em Artes na ECA-USP. Entre as exposições coletivas de que participou, destacam-se 29º Salão de Arte de Ribeirão Preto, 2004; Mostra da Juventude, Ribeirão Preto, 2004; e XII Salão dos Novos, na Fundação Cultural de Joinville, 2005.

Para saber mais


DESCRIÇÃO DA OBRA:

A instalação Transposição e adensamento propõe um trabalho colaborativo, no qual o público é convidado a reproduzir na parede da galeria os desenhos realizados pelos artistas Luciana Ohira e Sérgio Bonilha em São Paulo, apresentando vistas da cidade. Feitos sobre o poliéster de diapositivos, em 2007, durante o período da exposição “Ocupação mínima/máxima do espaço”, os desenhos eram enviados à Galeria Homero Massena semanalmente, com a indicação do dia em que cada imagem deveria ser projetada. Segundo os artistas, com o envolvimento da equipe da GHM em receber e projetar os diapositivos e a participação do público em transpor as imagens para a parede, a obra resulta em “uma máquina de desenhar em conjunto com outros, esticando nosso corpo até aquela parede que não poderíamos alcançar de outro modo”.
Com a transposição diária dos desenhos para a parede, a sobreposição de linhas e paisagens provocam o adensamento da imagem, gerando uma nova paisagem, cada vez mais plural e caótica. Segundo Luciana Ohira e Sérgio Bonilha, a obra aponta “uma crítica ao que ocorre em cidades como São Paulo, sucessivamente destruídas e reconstruídas, a ponto de não se poder mais ver o que foi nem o que é esse espaço cuja memória torna-se tão ruidosa e difusa que impede sua visualização sem que se faça um trabalho “arqueológico” para encontrar a ponta desse emaranhado urbano em que vivem milhões e milhões de pessoas”.
Em Transposição e adensamento o uso de um projetor de modelo antigo provoca questionamentos sobre a noção de obsolescência, consumismo e a naturalização do descarte de equipamentos.  A obra faz parte de uma série realizada em 2007, constituída por maletas de madeira, produzidas com auxílio das oficinas da ECA-USP, que cede aos alunos o uso de suas máquinas de marcenaria. Cada maleta de madeira e acrílico guarda e expõe os diversos materiais e equipamentos necessários para sua montagem e exposição.



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